sexta-feira, 13 de junho de 2014

QUE TAL UM PASSEIO??



Que tal um passeio? Assim começo, para compartilhar um dos vários momentos maravilhosos na minha cidade Oiapoque. Dos 18 anos vividos lá nunca tinha realizado tal percurso a seguir.












O percurso é até ao topo desse monte, que normalmente com uma estrada cortando-o ao meio serve de passagem a recintos interiores ou que nas noites da semana, é utilizada como um lugar de oração e intercessão pelas comunidades cristãs.













Com a chegada do asfalto na Br 156 no sentido Oiapoque - Calçoene, isso o asfalto indo até o KM 60, fato é que a cidade ganhou mais um entretenimento que é a clássica caminha no fim da tarde.


 Há 7 ou 10 anos, a Br não tinha o asfalto atual.


BR 156






BALNEÁRIO PATAÚA

E acredite que fazer um percurso longo em torno da Br, era uma aventura para poucos. Pois a vegetação era muito presente, era uma área pouco habitável, totalmente diferente da realidade atual 










                                             


Fazer caminhada até o Balneário Pataúa era uma atitude muito reprovável pelos pais na época, pois era uma região deserta, longe da área urbanizada do município.                                                                                  


Muita coisa mudou nos últimos anos, temos uma Br no sentido de Oiapoque a capital quase finalizada, bairros surgindo, áreas inexploradas agora habitável e uma rotina tão comum a muitos moradores do município, com uma estrada acessível para caminhada e corridas nos fins de tarde.

BR 156
                                                  


Quando morava no Oiapoque, apesar de ser esportista, não era muito fã de caminhada na Br, era muito entretido com outras coisas. Não esquecendo que nesse tempo a estrada não era tão atraente como é hoje. 7 anos morando fora conheci outras coisas, fui amadurecendo, novos desejos foram crescendo em mim, novos hobbies. E um desses hobbies foi a corrida e a caminhada. Há dois anos quando vim de férias ao município percebi que a população fazia agora caminhadas, de modo geral. E corriam também, numa dessas caminhadas percebi o monte. Porém não pude caminhá-la nessas férias.

No começo desse ano (2014) fui de férias novamente a cidade, e aproveitei uma ocasião para caminhá-la, e essa experiência gostaria de compartilhar com você leitor.




Então vamos ao monte, tirei uma tarde para caminhar e sabia em que direção seguir.




 
Eis o começo do monte.



Você ter uma visão da sua cidade por cima é uma experiência inusitada, eu não sabia o que ia ver ou como seria poder ver. Simplesmente morando 7 anos fora, encontrando a cidade totalmente diferente de quando eu saí, eu só pensava em não perder a chance de poder subir nesse monte, no qual é o mesmo monte com a trajetória feita por tantas pessoas, mas que para mim foi uma experiência marcante. O que eu vi não foi a mesma cidade vista lá em baixo, não foi o mesmo Oiapoque.

Vi um lado da cidade que nunca tinha visto








Enquanto me deslumbrava com vista lá de cima, me recordava de uma comparação sobre o Direito na disciplina de Introdução ao Direito, no livro de Paulo Nader. Que com minhas palavras era mais ou menos assim.

Que a disciplina Introd. ao Direito é como um viajante que seguindo seu caminho sobe no topo da montanha para poder ter uma visão melhor e mais clara da cidade onde entraria, o sentido é esse embora as palavras não sejam.

Lá de cima pude ver o quanto a cidade mudou, e também deduzi o quanto ela sofre com a corrupção, sucateamento, desleixo e desinteresse da parte dos nossos representantes no Poder Legislativo e Executivo.

Também vi o futuro que falta ser visto, descoberto, explorado. O futuro de um lugar bonito, de muitas oportunidades, muita alegria. Isso é Brasil também, é terra de brasileiros. Ainda consigo lembrar dos maravilhosos dias ensolarados do verão, do céu totalmente azul sem nenhuma nuvem. Dos dias maravilhosos, que hoje sinto saudades, das chuvas. Daquela vegetação molhada, do barro molhado. Das noites deliciosas dormidas sob aquela chuvarada.

Não sei se cresci demais ao ponto da minha alma voltar aos desejos de crianças ou se realmente só valorizamos algo depois que não possuímos mais.









Foi muito bom está lá em cima, muito calmo, relaxante, sem dúvida um ótimo lugar pra se está a meditar ou criar.






A caminhada foi dificultosa em função do solo e da chuva que me alcançou, mas valeu a pena. A melhor parte foi ver o céu lá de cima, senti por um instante que ele quase que se exibia a minha frente. Ainda consegui registrar uns momentos.














Então é isso. Pra mim é um prazer enorme registrar também em palavras, momentos assim. Poder compartilhar histórias acerca dessa cidade. Minha família reside aqui, onde ainda possuo amigos maravilhosos. Onde existe lugares que adoro frequentar, por me deixar mais relaxado e próximo de Deus.

Sempre digo isso, que apesar de eu morar numa cidade grande, que é Teresina, mas fato é que a cidade grande não mora em mim. Pois prefiro a simplicidade de uma cidade pacata e mais próxima da natureza. 

Abaixo uma pequena filmagem feita durante essa subida ao monte. Só lembrando que essa caminhada foi feita em março de 2014.






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