sábado, 25 de fevereiro de 2017

A EXPULSÃO

Terezinha Maciel e Marven Junius
Temos nesta foto duas personagens conhecidas e de boa fama no nosso querido município de Oiapoque.

Não conheço pessoalmente o Senhor Poeta Marven Junius Franklin, mas através da rede social Facebook e de alguns sites tomei conhecimento da pessoa e do poeta Marven Junius, onde tive a felicidade de ter algumas conversas com ele e verificar sua acessibilidade e simplicidade, atributos que apenas as grandes pessoas possuem.

No entanto, a Senhora Terezinha Maciel não só conheço como também tive a honra de ser um de seus ex-alunos do ensino fundamental. Uma ótima professora, profissional dedicada e que tem o controle nas salas de aula. Já tem seu nome registrado na cultura e na história da nossa pequena e pacata cidade, de fato faz jus à boa fama que tem.

E hoje gostaria de compartilhar mais uma história, que dessa vez terá como protagonista minha ilustre, querida e respeitada por mim, a ex-professora Teresina Maciel, e é com muito cuidado que faço este relato, pois não tenho a intenção de denegrir ou contrariar a sua honra ou a sua imagem, mas apenas fazer uma narrativa da vida como foi.

A EXPULSÃO

Era uma manhã qualquer da semana, onde eu estava na sala de aula ministrada pela professora Terezinha Maciel, na disciplina de Língua Portuguesa. A série deveria ser a 7º, não me recordo com exatidão, afinal faz muitos anos. A turma era boa, formada por alunos conhecidos, velhos amigos, quase sempre sem novatos.

As aulas da professora eram respeitadas, ela não perdia o controle da sala, tinha que ser muito inconsequente para se aventurar nas peripécias durante suas aulas. A nossa professora já tinha boa fama nesse período, tanto da sua inteligência quanto de sua beleza (os entendedores entenderão ^^).

Porém nesta manhã da última aula do dia, alguns amigos da classe se aventuraram em brincar com uma bola de papel batendo pra lá e pra cá, enquanto a professora de costas escrevia no quadro o assunto do dia. A sala escrevia testemunhando essa ousadia, eu ficava vendo essa arrumação rindo, mas sem participar, o que eu menos queria era uma bronca.

Nesse tempo eu era um aluno dedicado, não que fosse um autentico aluno cdf, mas apenas me esforça para ficar no batalhão dos alunos da linha de frente, ou seja, eu estudava, me comportava bem durante as aulas, nunca me envolvi em algum tipo de confusão entre alunos ou contra professores.

Mas neste dia durante a brincadeira, a bola foi rebatida na direção do quadro e a quase pegou na professora. Ela imediatamente olhou para trás, e sem pensar duas vezes e arguir sobre os fatos disse:

_Você fora da sala!!
_O quê professora? Está me expulsando? Por que?
_Vamos! Fora da sala agora!!
_Mas professora eu não fiz nada!!

Simplesmente ao se virar a professora me pegou sorrindo, e acredito que por isso deve ter imaginado que eu estaria por trás daquilo ou de alguma coisa rs. Até então eu nunca tinha sido expulso de sala de aula. E hoje essa é a única recordação que tenho de uma expulsão. Foi uma sensação muito constrangedora. Eu tinha a ingenuidade da reverencia as aulas como algo muito sagrado. O quê? Ficar reprovado? Perder aulas? Ver meus amigos avançarem de turma e eu ficando para trás? Não. Eu via acontecer com alguns amigos, mas não me dava ao luxo de cultuar isso, ainda mais com a pressão em casa rs.

Então quando fui expulso da sala, ao ver que as tentativas de explicação não davam resultados. Que a professora se mostrou irredutível, e mais, que o culpado daquilo nem sonhava em assumir a sua culpa, e que nem a turma ousou em dizer a verdade (sala com futuros advogados, enfermeiros e medico todos testemunhando rs), não me restou alternativa senão pegar meu material e caminhar em direção a saída da sala. Mas indignado com aquela injustiça, onde meu maior pecado foi não conter o riso diante a trágica situação, respirei fundo e retruquei minhas últimas palavras de descontentamento.

_Boa tarde professora. ^^
_Pra você também. -_-

Saí da sala e da Escola Joaquim Nabuco, e indo para casa lembro que fiquei muito revoltado com tudo que acontecera. Nunca tinha sido expulso, e ainda por algo que não cometi. Foi uma dose horrível que tive que engolir, com certeza devo ter xingado, mas não recordo então...na aula seguinte lá estava eu, como fui expulso da sala sem suspensão ou algo similar pude retornar a sala, claro que estava receoso com represálias ou algo assim que me impedisse de está na aula seguinte, porém não houve nada, parecia e foi, algo passado e que ficou na última aula e tudo se prosseguiu como antes.

Mas esse episódio lembro até hoje, e já compartilhei com alguns amigos íntimos. E por algum motivo essa cena está bem guardada na minha caixa de memórias do passado. E sinto a necessidade de informar, que de maneira alguma trago algum rancor ou sentimento negativo para com a pessoa da nossa tão querida e respeitada professora Terezinha Maciel. Tenho um grande respeito e admiração por ela. E que coisas assim acontecem. Nunca se é legal, bom demais, ótimo profissional que não venha em algum momento da nossa trajetória da um deslize. E que a vida é grandiosa e bela. E que os céus tenham misericórdias diante de todos os vacilos que dei nessa vida, que por sinal são incontáveis.

Então é isso pessoal, essa foi a nossa historinha de hoje. Senti vontade de compartilhar com vocês, espero que não interpretem de maneira negativa e até a próxima postagem.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

PELOTÃO DOS ESPORTES RADICAIS

Foto: Juan Morais

Esta foto foi tirada por volta dos anos 2004 a 2005 no ensino médio da E. E. Joaquim Nabuco. O mês com certeza é o de setembro onde celebrava-se o Dia da Pátria no nosso município. O fato que me levou a dar atenção a essa foto, é que eu estou nela e mais do que isso, fui um dos mentores por trás desse pelotão rs.

Ainda consigo relembrar de alguns amigos nessa foto. Por onde deve andar esse pessoal? ^^. A questão que sempre em época dos desfiles de setembro, já havia um grande desestimulo do pessoal no ensino médio por essa festividade cultural. E naquele tempo já não tinha muita opção interessante pra se sair na Barão, sem contar das ameaças ou dos incetivos de perdas ou ganhos de pontos pra quem deixar ou desfilar nesse evento ^^, você saía pelo pelotão especial, na banda marcial ou de uniforme mesmo ^^, claro que havia outros pelotões mais alternativos, então encima disso resolvemos montar um pelotão Dos Esportes Radicais, que aglomerava uma moçada do skate, patins, da cross e simpatizantes, onde boa parte da juventude desse entretenimento estava ainda em atividade no colegial.

No entanto devo informar que a criação desse pelotão não foi exclusividade do ensino médio, pois já havíamos desfilado na Barão, num pequeno grupo de amigos e simpatizantes no ensino fundamental. E por conta disso não foi difícil montar novamente o pelotão no ensino médio, foi um grupo grande a se comparar com o primeiro desfile. Com bermudas e calças jeans, camisas brancas, algumas latas de sprays, skate, patins com as cross por último, nos aventuramos em descer a tão badalada Barão do Rio Branco.

E hoje pelo instagram acabei vendo esta foto, que trouxe boas e antigas recordações, e mais esse relato daqueles tempos.

OIAPOQUE GALERIA FLICKR

Monumento Aqui Começa o Brasil