Terezinha Maciel e Marven Junius |
Temos nesta foto duas
personagens conhecidas e de boa fama no nosso querido município de Oiapoque.
Não conheço
pessoalmente o Senhor Poeta Marven Junius Franklin, mas através da rede social
Facebook e de alguns sites tomei conhecimento da pessoa e do poeta Marven
Junius, onde tive a felicidade de ter algumas conversas com ele e verificar sua
acessibilidade e simplicidade, atributos que apenas as grandes pessoas possuem.
No entanto, a Senhora Terezinha
Maciel não só conheço como também tive a honra de ser um de seus ex-alunos do
ensino fundamental. Uma ótima professora, profissional dedicada e que tem o
controle nas salas de aula. Já tem seu nome registrado na cultura e na história
da nossa pequena e pacata cidade, de fato faz jus à boa fama que tem.
E hoje gostaria de
compartilhar mais uma história, que dessa vez terá como protagonista minha ilustre,
querida e respeitada por mim, a ex-professora Teresina Maciel, e é com muito
cuidado que faço este relato, pois não tenho a intenção de denegrir ou contrariar
a sua honra ou a sua imagem, mas apenas fazer uma narrativa da vida como foi.
A
EXPULSÃO
Era
uma manhã qualquer da semana, onde eu estava na sala de aula ministrada pela professora
Terezinha Maciel, na disciplina de Língua Portuguesa. A série deveria ser a 7º,
não me recordo com exatidão, afinal faz muitos anos. A turma era boa, formada por
alunos conhecidos, velhos amigos, quase sempre sem novatos.
As
aulas da professora eram respeitadas, ela não perdia o controle da sala, tinha
que ser muito inconsequente para se aventurar nas peripécias durante suas
aulas. A nossa professora já tinha boa fama nesse período, tanto da sua inteligência
quanto de sua beleza (os entendedores entenderão ^^).
Porém
nesta manhã da última aula do dia, alguns amigos da classe se aventuraram em
brincar com uma bola de papel batendo pra lá e pra cá, enquanto a professora de
costas escrevia no quadro o assunto do dia. A sala escrevia testemunhando essa
ousadia, eu ficava vendo essa arrumação rindo, mas sem participar, o que eu
menos queria era uma bronca.
Nesse
tempo eu era um aluno dedicado, não que fosse um autentico aluno cdf, mas apenas
me esforça para ficar no batalhão dos alunos da linha de frente, ou seja, eu
estudava, me comportava bem durante as aulas, nunca me envolvi em algum tipo de
confusão entre alunos ou contra professores.
Mas
neste dia durante a brincadeira, a bola foi rebatida na direção do quadro e a quase
pegou na professora. Ela imediatamente olhou para trás, e sem pensar duas vezes
e arguir sobre os fatos disse:
_Você
fora da sala!!
_O
quê professora? Está me expulsando? Por que?
_Vamos!
Fora da sala agora!!
_Mas
professora eu não fiz nada!!
Simplesmente
ao se virar a professora me pegou sorrindo, e acredito que por isso deve ter
imaginado que eu estaria por trás daquilo ou de alguma coisa rs. Até então eu
nunca tinha sido expulso de sala de aula. E hoje essa é a única recordação que
tenho de uma expulsão. Foi uma sensação muito constrangedora. Eu tinha a
ingenuidade da reverencia as aulas como algo muito sagrado. O quê? Ficar reprovado?
Perder aulas? Ver meus amigos avançarem de turma e eu ficando para trás? Não. Eu
via acontecer com alguns amigos, mas não me dava ao luxo de cultuar isso, ainda
mais com a pressão em casa rs.
Então
quando fui expulso da sala, ao ver que as tentativas de explicação não davam
resultados. Que a professora se mostrou irredutível, e mais, que o culpado
daquilo nem sonhava em assumir a sua culpa, e que nem a turma ousou em dizer a
verdade (sala com futuros advogados, enfermeiros e medico todos testemunhando
rs), não me restou alternativa senão pegar meu material e caminhar em direção a
saída da sala. Mas indignado com aquela injustiça, onde meu maior pecado foi não
conter o riso diante a trágica situação, respirei fundo e retruquei minhas
últimas palavras de descontentamento.
_Boa
tarde professora. ^^
_Pra
você também. -_-
Saí
da sala e da Escola Joaquim Nabuco, e indo para casa lembro que fiquei muito
revoltado com tudo que acontecera. Nunca tinha sido expulso, e ainda por algo
que não cometi. Foi uma dose horrível que tive que engolir, com certeza devo ter
xingado, mas não recordo então...na aula seguinte lá estava eu, como fui
expulso da sala sem suspensão ou algo similar pude retornar a sala, claro que
estava receoso com represálias ou algo assim que me impedisse de está na aula
seguinte, porém não houve nada, parecia e foi, algo passado e que ficou na
última aula e tudo se prosseguiu como antes.
Mas
esse episódio lembro até hoje, e já compartilhei com alguns amigos íntimos. E por
algum motivo essa cena está bem guardada na minha caixa de memórias do passado.
E sinto a necessidade de informar, que de maneira alguma trago algum rancor ou sentimento
negativo para com a pessoa da nossa tão querida e respeitada professora Terezinha
Maciel. Tenho um grande respeito e admiração por ela. E que coisas assim
acontecem. Nunca se é legal, bom demais, ótimo profissional que não venha em
algum momento da nossa trajetória da um deslize. E que a vida é grandiosa e
bela. E que os céus tenham misericórdias diante de todos os vacilos que dei
nessa vida, que por sinal são incontáveis.
Então
é isso pessoal, essa foi a nossa historinha de hoje. Senti vontade de
compartilhar com vocês, espero que não interpretem de maneira negativa e até a
próxima postagem.
Gostei ! Gostei da sua narrativa !
ResponderExcluirBOM DEMAIS MEU CARO!! Professora Terezinha é um icone cultural de Oiapoque!
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