sábado, 31 de março de 2018

MARÇO OIAPOQUE

Olá pessoal! Estamos aqui para mais uma compilação de registros, e dessa vez que marcaram o mês de março. E que mês heim? Desse primeiro trimestre, março foi o mês que mais deixará lembranças. Só lembrando que isso é um projeto iniciado nesta página com a intenção de movimentar o blog, para não passar, como aconteceu, do blog ficar quase um ano sem publicação, então iniciamos este projeto de mensalmente compilar imagens e vídeos que marcaram cada mês do ano em nossa cidade.



O Arcos-íris.

Na primeira semana, logo nos primeiros dias de março, muitos registros foram feitos desse fenômeno da natureza na nossa cidade. E em função disso criamos um álbum na nossa página no Facebook, só para reunir essas imagens.

Mallena Santos
Gutemberg Silva

O muro de arrimo e a praça Ecildo Crescêncio Rodrigues.

Da primeira semana também temos esses registros do muro de arrimo da beira de nossa cidade, que está em construção depois que desabou.

Fotos: Jaime Brarymi 


Em seguida, registros feitos da reforma da nossa praça principal que depois de muitos anos parada, está sendo finalizada.

Marcondes Santos

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A montanha e a Orla.

Agora temos dois registros, da primeira semana ainda, de uma de nossa seguidoras no Instagram.

Pensam numa montanha, la encima tem uma vista incrível, quem já subiu sabe do que estou falando. Subi algumas vezes, e a dificuldade é grande para se chegar no topo, mas vale a pena.

Fotos: Amanda Benayhur

E aqui temos mais uma tarde na nossa orla da cidade.



O incêndio.

Infelizmente na noite de quarta para a quinta-feira do dia 08, uma tragédia aconteceu no Mercado Municipal de Oiapoque. Um incêndio que afetou vários comerciantes acumulando um prejuízo de quase meio milhão.


Mercado Municipal de Oiapoque em chamas





Manhã de quarta-feira após o incêndio

Colégio Estadual Joaquim Nabuco.

A Escola Estadual Joaquim Nabuco ainda não iniciou as aulas, devido a uma reforma e uma manutenção na rede elétrica. Mas chamou a atenção o segundo ato de vandalismo acontecido na instituição. No ano passado a escola já tinha sido alvo do mesmo ato, e na segunda semana de março voltaram a praticar novamente.




A tirolesa.

E vai mais esse registro de um dos nossos pontos turísticos, o Km 9. Feito no final da segunda semana por um dos nossos seguidores no Instagram.

Le0_moraes

A rodoviária.

essas imagens, da segunda semana, relatam uma interdição na rodoviária da cidade, devido a cobertura da área de embarque e desembarque apresentar risco de desabamento. E fez com fosse transferida para a parte da frente o local de embarque e desembarque dos passageiros.

Fotos: Adolfo Silva



A audiência.

Na terceira semana fica o destaque para a coleta de assinaturas, desde o começo do ano, para impedir a remoção da Vara Única Federal do nosso município.






A Copa de Oiapoque.

No mês de março iniciou a competição a Copa de Oiapoque, que se encontra andamento e estaremos acompanhando.

Natizão. Foto: Adolfo Silva

A feira do artesão.

Para homenagear o dia do artesão (19) a prefeitura realizou um evento de três dias na cidade.


Fotos: Prefeitura do Oiapoque

A prefeita de amarelo marcando presença na abertura da feira.


Professora Rosemary Costa e seus livros Martinica Ontem e Oiapoque Hoje.

A praça Ecildo Crescêncio 

Da quarta semana do mês temos essas duas imagens da praça, onde pode ser visto o avanço na sua reforma.

Fotos: MAO



A rodoviária.

Agora temos fotos da cobertura erguida na frente da rodoviária, para dar mais comodidade aos passageiros no embarque e desembarque.

Fotos: Prefeitura de Oiapoque

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O treinamento dos bombeiros.

Na quarta semana do mês, tivemos na cidade um treinamento de combate a incêndio realizado pelo o corpo de bombeiros, onde teve fotos e vídeo que pode ser visto no Facebook do Marlon Wagner.

Foto: Marlon Wagner

A Matriarca Xandoca.

Para uns mãe, avó, tia, e para muitos uma grande mulher de exemplo e matriarca entre o povo Karipuna. E sem dúvida o seu falecimento é um acontecimento que marcou a vida de muitos no nosso município nesse mês de março. E fique aqui a nossa homenagem a ela com esse registro. Que descanse em paz pela eternidade.
Foto: Artionka Capiberibe

SEBRAE- AP.

Na última semana desse mês temos essas imagens. O SEBRAE em parceria com o Governo do Estado montaram esses Stands, para ajudar os comerciantes afetados pelo o incêndio no dia 08. Um grande estrutura na orla da cidade em frente a prefeitura. Claro que é uma solução paliativa, mas dada as circunstâncias da gravidade que foi aquele incêndio, toda e qualquer ajuda é bem-vinda. Parabéns ao SEBRAE pela a iniciativa.

Fotos: Prefeitura de Oiapoque




Então pessoal isso é tudo. O mês de março foi recheada de muitos acontecimentos na nossa cidade, e fica aqui essa tentativa de selecionar o que mais de importante aconteceu, claro que muitos eventos e registros ficaram de fora. E gostaria de avisar que devido ao tempo não coloquei vídeos, mas na nossa página no Facebook temos vários vídeos postados desse mês, principalmente do incêndio no mercado da cidade. Irei disponibilizar os links abaixo. Compartilhem e nos siga nas nossas redes sociais. Até a próxima.

Só clicar nos nomes abaixo que levará para as nossas redes sociais:

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sexta-feira, 30 de março de 2018

MARTINICA ONTEM OIAPOQUE HOJE

É um prazer falar da professora 𝐑𝐨𝐬𝐞𝐦𝐚𝐫𝐲 𝐂𝐨𝐬𝐭𝐚 e de suas obras 𝐌𝐚𝐫𝐭𝐢𝐧𝐢𝐜𝐚 𝐎𝐧𝐭𝐞𝐦 e 𝐎𝐢𝐚𝐩𝐨𝐪𝐮𝐞 𝐇𝐨𝐣𝐞.
Fotos: Kleris Vieira

Primeiro que tive a oportunidade de tê-la como professora no Ensino Fundamental. Segundo que ao tentar comprar os seus livros, acabei que ganhando de graça e ainda com dedicatória. E guardo com muito carinho, tanto que fica guardado no mesmo local dos livros preciosos que já li, e nisso incluo as minhas Bíblias.
Eu demorei muito tempo para me aflorar para a literatura oiapoquense, como todo jovem vigoroso eu sempre estava ingerindo literaturas externas. E ainda hoje me considero um analfabeto no que diz respeito a cultura do meu município. E os primeiros livros que tive contato, onde o seu conteúdo era exclusivamente sobre o Oiapoque, foram os livros da professora Rosemary Costa. Foram as minhas cartilhas do abecedário.
Praticamente tudo que pode ser achado nas nossas redes sociais sobre o Oiapoque vem dessas obras. Foi lendo esses livros que aprendi o nome da nossa praça, por exemplo. E frequentemente as uso como fonte de pesquisa para auxiliar nas minhas escritas. E como já desenvolvo a algum tempo esse projeto ONH, já estou pegando a coisa, conhecendo mais sobre o nosso Estado, nossos poetas, livros que quero adquirir para ampliar ainda mais o meu conhecimento sobre o Amapá e o Oiapoque.
Claro que você jamais vai encontrar algo como As Crônicas de Gelo e Fogo😅. Mas quando eu terminei de ler os dois livros, a sensação que produziu, acredito eu, que foi a mesma em alguém que está aprendendo a ler ou a dominar o alfabeto. Foi uma sensação incrível, eu poderia tentar descrever, mas isso é tão precioso que é melhor deixar para uma outra ocasião.
Mas fica a dica dessas obras da professora Rosemary Costa, pra quem quer engatinhar sobre a história do nosso município.


quarta-feira, 21 de março de 2018

MINHA VERSÃO FEMININA? ALMA GÊMEA?


Já se imaginaram como seriam se vocês nascessem MULHERES?


Bom me permita compartilhar um pensamento que talvez não pararam para refletir. Caso a resposta foi sim, já me imaginei mulher, e me conhecendo sei que no mínimo seria “danada” ;). Acredito que esse pensamento não seja nem 5% verdade. Talvez você seria uma filha “perfeita”, aos olhos dos pais. Exemplar para as amigas ou nas escolas da vida. Dá pra todo “mundo” ou quando bem quiser? Não, no mínimo iria se entregar para o “verdadeiro amor” ou surpreendendo a muitos somente após o casamento.

O fato é que se nascesse mulher, não teria a liberdade que somente nós homens conhecemos bem, ao menos 90% dos homens. Não cresceria vendo suas irmãs lavando a louça, roupas, cuidando da casa, enquanto você sempre teria as responsabilidades domésticas num segundo plano. E se tivesse irmãos, já mais poderia ser xavecada na frente deles sem ouvir umas “poucas e boas”. Logo logo iria conhecer a puberdade e com ela a menstruação e os efeitos da TPM. E com isso, com todas essas questões que envolve o universo feminino, talvez nem teria tempo ou animo para se fascinar por aquilo que te fascina agora. Futebol, teu clube favorito, teu gênero musical, um seriado maneiro...

E claro que ao refletir sobre isso, não quero inferiorizar a natureza feminina. Hoje é um universo que me encanta, infelizmente a delicadeza e o respeito por elas, principalmente na área sexual, em não tratá-las como presas a serem abatidas, chegou meio tarde nas minhas reflexões, mas chegou e é isso que importa. E não vou entrar nas questões do feminismo, por uma opção pessoal. Mas sabemos que o mundo há muito tempo está bagunçado. O homem se acha o dono da coisa toda, e nem é isso tudo. As mulheres que lutam por tornar as coisas mais iguais entre os sexos, conseguem chegar no mesmo nível, "certo nem todas", da escória que há  na minha espécie, que até eu mesmo abomino hoje (ah para aquele menos entendido me refiro a minha espécie o ser homem, e não as mulheres...).

Pertenço a uma geração de transição, de uma época pré-moderna para um época moderna, no que diz respeito a tecnologia, então não espero que a geração atual de pupilos, entendam minhas reflexões, pois sou de uma educação tradicional embora fosse questionada e atacada já naquele tempo. E como a maturidade, cedo ou tarde, uma hora chega pra todos, nas ponderações chego sempre à mesma conclusão de que sim, se eu pudesse voltar ao passado faria tudo diferente, transformaria todas as relações de “amor”, de paixão e as passageiras em relações de amizade. Não traria essas referências, boas ou ruins, na memória. Mas como a vida não é assim, ao menos gosto de deixar isso registrado. Um coração indomável é assim, quase sempre só faz bobagem.

Eu estava numa viagem já tem um tempo de como procurar ser uma boa pessoa, de conduta irrepreensível. Entre acertos e erros vou melhorando. E nessa nova fase da vida, encontrei uma garota que tem sido uma referência bem próxima, principalmente nessa área de conduta sobre o amor. E nessa nova oportunidade tenho tido a chance de poder dar um cheque-mate em muitas questões mal resolvidas, e entre uma hora ou outra, na oportunidade certa, não é surpresa para mim ou uma dificuldade em pedir perdão por qualquer coisa negativa do passado, que tenha ficado nos antigos relacionamentos. Mas é incrível ver como certos caminhos serão dificultosos em seguir pra chegar até elas, pois há muitos obstáculos e entulhos a ser superado, como isso tudo foi parar ali?

Enfim, só sei que nesse relacionamento atual, pude perceber o quanto somos parecidos. E não me refiro à cultura. Mas na forma de agir ante ao mundo, as pessoas, as dificuldades, mesmo cultuando um gosto cultural um pouco diferente. E isso me fez perceber que se existe uma alma gêmea por ai, ela é o que mais chegou perto de todas as que encontrei, e isso ainda fez refletir sobre a possibilidade de que se nascesse mulher, eu não seria tão diferente da versão dela. Seria muito cautelosa, desconfiada de tudo e de todos. Teria as mesmas fragilidades que pude encontrar, e ainda sim teria muita força nas dificuldades. Mas é isso, queria poder dar uma tonalidade poética para esse texto, mas tomou outro rumo. E desde já peço perdão por qualquer mal entendido na compreensão das minhas ideias.

terça-feira, 20 de março de 2018

A FOGUEIRA




Quando caía a noite, nós nos reunimos a sua volta em torno da fogueira. Era um dos melhores momentos do dia. Não precisava de sinal ou algum toque para nos atraí, simplesmente entendíamos o convite que a sua presença nos fazia. E quando nós nos dirigíamos para a mesma direção, aquela euforia nascia contagiando a todos, cada um de nós sentia aquela chama crescer dentro de si. Uns mais eufórico gritavam provocando uns aos outros, naquela típica relação entre irmãos ou primos. E depois de nos acomodar em nossos lugares ele tomava a palavra. O silencio nascia. A atenção crescia.

As suas palavras? Bem, ele começava com o passado, passeava pelo presente, mas o momento mais apreensivo era quando a aventura estava no futuro. E neste momento as palavras que saíam de sua boca ganhava uma serenidade maior, parecendo mais como recomendações daquilo que deveríamos evitar. E até o final daquela reunião, alguns de nós já tinham chorado, se indignados, se sentindo impotentes, fracos e desesperançados diante daquelas palavras. Alguns momentos era sufocante ouvir aquilo, queria poder correr dali. Mas logo ele cuidava para nos acalmar, como se soubesse o que sentíamos ou estávamos passando naquele momento.

A sua relação com cada um de nós era muito respeitoso, como um pai para todos, sempre nos encorajava, ensinava sabedoria que até o mais conhecedor entre nós ficava desarmado, perdido sem saber como reagir. Nunca vi alguém parecido como ele. E assim ganhou a todos. Por muito tempo ficou entre nós. E quando teve que parti, nos deixar de vez, foi um dia onde todos não ousaram dizer uma só palavra a respeito, pois já tínhamos sido alertados que esse dia chegaria. Jamais me esqueci dele, e de todas as palavras que ele dissera, guardei no coração. Mas sempre me incomodou o fato dele sendo um grande homem, possuir um nome tão simples, bastante comum entre nós. A sua aparência física era de um homem experimentado na vida, de que não poupava esforços e não tinha problema com o trabalho duro. Estava sempre disposto a nos dizer com atitudes, que por mais cansado que esteja, há sempre uma força a mais dentro você, e que com a motivação certa, sempre terá aquela paciência, animo e saberá se sair bem em todas as situações adversas que a vida lhe apresentar.

Bom, sei que nunca serei como ele ou pelo menos a metade do que conheci. Mas fui marcado. E hoje, enquanto a minha tropa se prepara para partir, para mais uma noite de fogo cruzado na linha de frente, dessa maldita guerra, onde me pus a lutar, convencido de que a honra do meu País foi atacada, ao olhar esta fogueira, me lembrei de todas as palavras e orientações que não consegui seguir. Já não consigo mais lembrar de quantas vidas derrubei. Sou admirado pelo o quê eles chamam de dom no campo de batalha. Mas agora uma confusão se passa na minha mente ao recordar disso tudo. E o medo toma conta de mim, apenas a alguns minutos de sairmos. Não sinto mais bravura. E este fuzil parece está mais pesado do que o normal. Sinto um enjoo, e acho que a minha pressão está caindo. Ouço um comando, meu pelotão já vai partindo, sinto um mal pressentimento, se eu morrer não gostaria que fosse desse jeito, com culpa no coração. Mas se eu for e voltar, mais sangue foi derramado. Mas não há nada o que fazer agora. Não posso recuar, e se pudesse para onde iria? Estou em terreno inimigo no meio do nada. Sinto que não tenho escolha, terei que ir, não irei abandonar meus companheiros agora. Caso volte vivo, amanhã pensarei de novo a respeito disso tudo.

segunda-feira, 19 de março de 2018

NO DIA DO SÃO JOSÉ


Corajoso mesmo é o Padroeiro ali, que nunca pegou uma carreira daquela região.



Gosto dessas histórias de terror, já passei por alguns sufocos. Sempre morei em casas de aluguel em Teresina-PI, e trago algumas lembranças da última casa que estive. Na madrugada de toda quinta-feira acontecia algumas coisas bastante incomuns, com o tempo me acostumei.

A casa tinha 3 cômodos e uma varanda razoável. O dono da casa era um senhor já de idade bem avançada, que tinha um problema na coluna que o fazia andar vergado. Não consigo lembrar quanto tempo passei ali, talvez uns 06 a 08 meses. E com o passar do tempo comecei a notar que acontecia umas bizarrices naquela casa, e isso foi chamando a minha atenção, não era sempre, e também não demorou muito tempo para notar que só acontecia nas quintas-feiras, daí comecei a registrar isso somente no pensamento, na próxima quinta acontecia algo estranho de novo, aí pronto, me convenci de que a quinta-feira era o dia da diversão naquela cozinha.

Mas antes de sacar a coisa toda ouça, Teresina é um cidade muito quente. Certa noite agoniado daquele calor na madrugada, peguei o colchão e fui para o cômodo mais arejado da casa, que sempre é a cozinha. E como estava com muito sono, já fui deitando no piso o colchão, deitei e dormir. E passando alguns minutos alguma coisa começou a me sufocar, deitou sobre o meu peito, e foi uma grande agonia, e uma luta terrível para se livrar daquilo, somente quando invoquei o nome de Jesus, aquilo parou. Levantei do colchão atordoado e olhando para os lados não enxerguei nada suspeito. Somente a porta da cozinha aberta com a grade fechada, que eu deixei para ficar ainda mais arejada, como a casa era murada não tive medo que alguém pudesse entrar.

Depois que me tranquilizei, e ainda como muito sono, voltei a deitar no colchão, acreditando que foi só um pesadelo. Alguns minutos se passaram e voltei a cair no sono, e de novo fui atacado da mesma forma, seja lá o que era aquilo, deitou sobre o meu peito e me sufocava, com tamanha força, que eu tentando me esquivar e sair daquele chão não podia, e sendo sufocado, desesperado tentando gritar:  _ Deus me ajud...vou morrer desse jeito? JES... As frases, as palavras não saiam por completo, porque aquilo se prevenia em não deixar que saísse, tampava a minha boca. Até que num momento de tanta insistência conseguir invocar:_ J E S U S... e aquela força sobre mim, foi retirada, e na hora que sentir a liberdade, fui levantando as pressas, fechando a porta da cozinha, pegando o colchão e voltando para o meu quarto. Muito desesperado, sem dúvida. Aquela adrenalina me deu tanta energia, que demorou voltar o sono, mas no fim lá pelas 5:00h consegui dormir.

Bom, poupando os detalhes da semana que se seguiu, vamos ao relato de um antigo amigo.

Depois dessa semana de terror, fui surpreendido por um amigo, que estava em crise no antigo casamento, e pediu para dormir em casa. Ele é um grande cara, fundamental para a minha estabilidade nessa cidade. Sem citar nome, mas para dar credibilidade no meu relato, no Grande Dirceu, a fama dele é grande, pois é a única loja de tatuagem, até à época desses acontecimentos, em toda a região do Grande Dirceu. Ele dormiu em um colchão na sala, e quando amanheceu a quinta-feira, para a minha surpresa durante o café da manhã, a primeira coisa que ele me fala, que tinha acontecido algo estranho com ele na cozinha. Meu corpo se arrepiou em ouvir aquilo. _ Sério cara? Uau! O que aconteceu?

E comentando, ele simplesmente fez a mesma coisa que eu fiz na semana passada. Devido ao calor comunal de Teresina, ele foi para a cozinha tentar dormir. E quando do nada ele foi surpreendido por alguma coisa que o sufocava. Lutou com aquilo e quando conseguiu se livrar, na ingenuidade tentou se convencer que foi só um pesadelo, uma coisa de sua cabeça. Tentou voltar a dormir, e de novo aconteceu. E ele sentiu que aquilo não o deixaria dormir sossegado ali. Então voltou para a sala e dormiu. Agora quem conhece o meu amigo, sabe que ele é duro na queda, não cede fácil para uma treta assim, nem na vida real, por todas as histórias que compartilhou comigo. Tatuador. Experimentado em muitas áreas. O que aconteceu naquela cozinha o fez ceder, porque de fato a coisa era muito Trash. Não era uma simples paralisia do sono. E eu bem já sabia disso. Afinal uma semana atrás, lá estava eu lutando para não "morrer".

Então compartilhei com ele o que acontecera comigo, e de todas as vezes em que aconteceu as bizarrices naquela casa, e que a madrugada de quinta-feira não era o bom momento para se está nela. O meu amigo ouvindo todo cauteloso, cuidou para não ceder impressionado e achou que era apenas coincidências. Isso sim era ele rs. Bom, sabe o que aconteceu como o tempo? Nada. Aprendi a respeitar o momento, do que quer seja aquilo que assombrava aquela cozinha. E nos dias que a bizarrice era grande, me acordando ou não me deixando dormir, estressado ou com raiva eu repreendia: _ Po*** não vai deixar eu dormir? Car****, não vai deixar eu dormir mesmo. Nem sempre era o terror, as vezes muito cansado da rotina da universidade, eu já caía no sono. Aí mudei de casa. Apareceu algo muito melhor, próximo da família que tenho aqui, e também da área comercial e do meu Campus. Aceitei na hora, não tinha nem o que pensar.

Mas me surpreendeu, foi ver que ao me despedir do dono da casa, aquele senhor já de idade bem avançada, chorou. Os meses que se passaram foram bastante tempo para ele criar uma afeição por mim, me abençoou e parti. E hoje uns 3 anos depois compartilho essa história com vocês, uma de várias que passei por aqui. A casa deve estar lá, alugada com outra família, nunca mais passei por lá. Nem fui atrás pra saber o que era aquilo tudo. Nunca se quer compartilhei com o dono da casa pra saber se alguma tragédia tinha acontecido, no passado, naquela casa, pra ela ser tão assombrada nas madrugadas de quinta-feira.

Finalizando esse texto devo alertar o seguinte, se você acha que isso é alguma creepypasta, que eu sou algum fanfic adaptando e contando história, devo dizer que não. Isso é um fato real, que alguns íntimos já tem conhecimento. Eu, um natural oiapoquense morador na Av. Caripunas, próximo da feira da fumaça, que aos meus 18 anos no Oiapoque nunca se quer viver 5% dessa história, mas que ao chegar em Teresina, num tempo de 10 anos, o que muito tenho para relatar são histórias como essa. E os “demônios” ou essas manifestações que assombraram, não parecia como aquelas imagens de filme de terror: um monstro, com chifre, calda, de aparência horrível e cor de pela avermelhada enquanto segura seu tridente. Não. Mas eles tocam, irritam, interagem com a matéria. Nunca irei esquecer quando, caminhando sozinho numa rua deserta naquele momento, passando a calçada de uma fabrica de pães para a calçada de uma pequena capela católica, onde havia um degrau a subir. Algo tocou na minha panturrilha e deslizou até na parte inferior da perna, como que quisesse me puxar de volta. Num pulo me esquivei para frente e olhando as pressas para trás,  e para o meu terror não havia nada ali. Apenas a noite caindo, umas 18:00h para 19:00h. Foi assombroso esse dia. Tchau.

KEILA OLIVEIRA - TREINAMENTO MISSIONÁRIO


𝐎𝐥á 𝐩𝐞𝐬𝐬𝐨𝐚𝐥! 𝐆𝐨𝐬𝐭𝐚𝐫𝐢𝐚 𝐮𝐦 𝐩𝐨𝐮𝐜𝐨 𝐝𝐚 𝐚𝐭𝐞𝐧çã𝐨 𝐝𝐞 𝐯𝐨𝐜ê𝐬.



Quero compartilhar o projeto e um pouco da história da Keilla Oliveira, uma seguidora e agora amiga da página ONH. A Keila é uma missionária do 𝐉𝐨𝐜𝐮𝐦 𝐀𝐦𝐚𝐩á que veio fazer missão no 𝐎𝐢𝐚𝐩𝐨𝐪𝐮𝐞 (Casa da Esperança), e acabou que se apaixonou por nossa cidade. E recentemente ela decidiu participar de um curso de capacitação (A escola de criança em risco) na base do Jocum em Recife. 

Bom! Não sei se vocês têm conhecimento de como é a vida de um missionário, mas a maioria vive pela fé, que transforma a solidariedade de muitos bons corações em doações e ofertas. A finalidade dessa capacitação tem como objetivo se preparar para servir melhor. Principalmente a sua causa, de fazer a diferença nas vidas das nossas crianças de Oiapoque.

O curso terá muitos custos, mas nesse primeiro momento ela só necessita arrecadar o dinheiro da passagem de ida. Sendo que em Recife ela terá suporte de amigos, que já se colocaram a disposição para ajudá-la. Com isso ela fez este desafio de conseguir 30 amigos com a oferta de 25,00 reais, que a ajudarão a custear esta passagem. Ela precisa estar em Recife antes da segunda semana de Abril.

Já me comprometi em ser um desses 30 amigos. E faço aqui um convite a você também a participar desse projeto. Você que gosta de ajudar o próximo, de fazer a diferença. O número do WhatsApp dela é esse na imagem (𝟗𝟔 𝟗𝟖𝟏𝟏𝟎-𝟐𝟒𝟓𝟐), aonde você poderá entrar em contato para ter mais informações e acompanhar ela nesse novo trajeto.

sábado, 17 de março de 2018

O CORAÇÃO E A ESPADA




Alguns sacrifícios são imaculados.
Porém as minhas vestes estão sujas.
E não há mais tempo a perder.
Alguém toca a Canção.
Pensas que eu queria ouvir?

Nunca se quer imaginei ir tão longe.
E a música insiste em tocar alto, alto e mais alto.
Essa melodia faz meu o corpo estremecer.
Essa ressonância dilata o meu coração.

Enquanto essa crise me consome, outros surgem ao me lado.
Olhando para a mesma direção. Uns começam a caminhar.
E aos poucos a multidão que vai, se torna como as estrelas no céu.
O que os aguarda do outro lado? O que poderei encontrar?

A escuridão me assombra. O mistério me assombra.
Mas não ir, não é uma escolha fácil também de engolir.
E quando o amanhã chega novamente, no abri dos olhos lá está.
Tocando; eles, chegando e seguindo em frente.

Por que nada é fácil para mim? Por que me importo?
Eu tenho um dono? Não pertenço a minha vontade?
A escuridão, as vestes não me absolve?
Queres a mim de qualquer maneira?

Então saiba que irei, e indo para um matadouro nada direi.
Mas nas minhas mãos estará o coração e a espada.
Entre os últimos vou estar, e quando encontrar o que tiver de encontrar.
Não ousarei em erguer a cabeça e olhar nos olhos.

sexta-feira, 16 de março de 2018

MORNA


A vida é inexplicável.



Ao lado da atual ponte binacional era um terreno muito extenso da minha Vó/Mãe, por muitas vezes íamos até o seu terreno em frente à morna. Banhei muito lá. Na cheia do rio, entravamos por entre as árvores a remo até chegar ao pé da montanha. Lembro da cabana, dos grandes pés de abacate, uma caiu na minha cabeça. Chorei ^^. Muitas bananeiras.

Lembro que levei minha coleção dos guerreiros do Power Rangers, onde acabei perdendo um, fiquei indignado ao perder, tentava ter uma espécie de visão sobrenatural e ver se encontrava, mas nada.

Na beira do rio quando vazava, aparecia uma areia, branca e amarelada, a chamo de prainha. Meu falecido meio irmão e mais alguns primos atravessavam a nado, da beira do nosso terreno àquela prainha. Acredito uns 15 a 20 metros. Eu o mais novo da turma, chamado por alguns como o filhinho da vovó, nem ousava, esperava por uma canoa para ir até lá. Devo ter pisado naquela areia de duas a três vezes no máximo. Mas lembro da alegria que foi fazer algo tão ousado. Corri naquela areia uns 10 metros a frente da onde desembarquei, o medo impediu de continuar, mas fiquei impressionado em senti uma terra tão firme, não afundava como areia movediça. Foi incrível aquilo, se a cobra grande existia lá embaixo ou existiu algum dia, estive em cima dela ou do seu local de repouso naquele momento.

Mas a vida continuou e lembro que a minha vó vendeu o seu terreno para um comerciante conhecido da cidade. Aquilo foi uma grande surpresa, não gostei da venda, mas na época deveria ter uns 11 a 12 anos. Quem liga para o que a gente pensa numa idade dessa não é mesmo?? Depois, já mais jovem tive o conhecimento que foi vendido a preço de banana. Não valia aquele preço, uma oferta desonrosa para a extensão daquele terreno. Mas negócios são negócios tudo ocorreu de maneira legal. O que se podia fazer?

E do nada surgiu aquela ponte, rasgando todo aquela mata fechada, atravessando de um lado pro outro as fortes correntezas daquela região. Incrível. Quem poderia imaginar que um dia rs... Agora já adulto, mesmo morando fora do Estado. Quando vejo aquela ponte ou imagens como essa foto, e a minha memória volta ao passado, lembrando de como tudo era, e que do nada aquele terreno foi embora. Pelo preço que foi. E que hoje com essa ponte seria um terreno mais valorizado.

Como uma erupção cutânea no meio da cara, me faz senti envergonhado ao olhar o passado. Esqueço da grandeza daquela construção. Nem olho para a ponte, quando eu descer ou subir aquele rio, minha memória, e é com lágrimas que escrevo isso agora, mas só irei lembrar de todas aquelas lembranças naquele terreno, naquele rio e sobre aquela prainha.

quinta-feira, 15 de março de 2018

UM POVO GUERREIRO!


O povo do Oiapoque é o amapaense mais guerreiro que tenho conhecimento.

Analise a nossa situação.

Uma BR que todo ano é a mesma ladainha, atoleiros em tempo de chuva e poeira em tempo de sol.

Quase 10 anos sem a nossa principal praça.

A Orla da cidade um projeto horrível que nunca foi finalizada.

Um dia desse o muro de arrimo foi pro chão.

Um dia desse o nosso mercado municipal pegou fogo.

O nosso Banco foi assaltado paralisando os serviços.

Não muito distante, reclamações dos servidores devido os salários atrasados.

Agora tenho conhecimento que interditaram a rodoviária na sua área de embarque/desembarque, deslocando os serviços para frente da rodoviária, devido o risco de desabamento da cobertura, ou seja, do teto.


Fotos: Adolfo Silva

Não podemos esquecer, que tudo isso com a cidade possuindo um elevado custo de vida, que se você não tiver dinheiro o suficiente, sofre o risco de passar fome no final mês.

Ah não vamos esquecer também das cobranças de luz da CEA, que até o começo desse ano, deixou muito gente no escuro ou sem “comer”.

Mas detalhe, eu morando a três dias de distância do nosso município consegui fazer essa pequena lista. Agora chame um morador da cidade e peça para continuar, não tenho dúvida de que essa lista ficará ainda maior.

Depois de tudo isso se você não se convencer, de que se está vivo até agora, de uma ou outra, você é um grande guerreiro (a) ou que grandes guerreiros (as) lutam por você. É quase um milagre todo mês ainda se está de pé, físico ou psicologicamente.

Nós somos grandes, se nessas dificuldades aproveitarmos para unidos fazermos a diferença, e colocando nossas particularidades que não somam de lado, não tenho dúvida de que temos os ingredientes mais do que no ponto, para usarmos a nosso favor e partir para uma luta de mudanças.

Os oiapoquenses necessitam ser estratégicos, e não permitir que essa velha maneira de pensar (dividir para conquistar), seja em qualquer área, continue reinando sobre este município. Senão nunca sairemos deste estado que a cidade se encontra, iludido com falsas expectativas, enquanto tudo desmorona ao nosso redor.

Chega de querer tampar roupa velha com remendo de pano novo.

quarta-feira, 14 de março de 2018

DIA NACIONAL DA POESIA

Imagem encontrada e modificada na internet.


Para prestigiar esse momento, gostaria de ler e compartilhar suas poesias ou algum pensamento poético no nosso Blog Oiapoque Nossa História.

Será uma coletânea artística dos nossos seguidores, apreciada e disponibilizada com muito carinho nas nossas redes sociais.

OBSERVAÇÕES

O objeto das produções será a nossa cidade o OIAPOQUE, em qualquer viés que desejar: cultural, religioso, esportivo, político, econômico... Sobre amor, paz, guerras... Fiquem a vontade.

Caso queiram adicionar imagens ou fotos pessoais a suas produções ficará melhor ainda.

Enviem as produções formatadas no ponto de serem publicadas, mas caso necessite de alguma formatação farei sem problema as edições.

Podem enviar as produções por email: oiapoquenossahistoria@hotmail.com ou enviar por qualquer uma das nossas redes sociais, no chat pelo Facebook (tanto na conta pessoal como na página) ou no direct do Instagram.

Conteúdos abusivos, discriminatórios ou eróticos (dependendo do grau será analisado, não irei eliminar uma produção por descrever a sensação do primeiro beijo, caso surja algo assim) não serão promovidos neste evento.

A publicação de todas as produções acontecerá no dia 21 de março, data que coincidirá com o dia MUNDIAL DA POESIA. Então teremos um prazo de uma semana para participar.

E Caso haja dúvidas sobre o evento, podem entrar em contato através das nossas redes sociais.

É a primeira vez que página faz algo desse tipo, contudo a expectativa de ver o resultado final é muito grande.

VAMOS PARTICIPAR DA HISTÓRIA, ENQUANTO ESTÁ SENDO ESCRITA.

O 14 de março foi declarado Dia Nacional da Poesia em homenagem a Castro Alves, um dos maiores poetas românticos brasileiros. Ele é autor de O Navio Negreiro e de muitos outros poemas célebres, muitos dos quais têm como tema a escravidão negra. Castro Alves foi um fervoroso defensor do abolicionismo.

Poesia é uma palavra que vem do grego e significa criação, fabricação. Há muito tempo, porém, essa palavra denomina a arte de escrever em versos. A definição de verso não é tão simples assim. Muita gente pensa que poesia é igual a rima, mas isso não é verdade. Existem versos que não rimam e são chamados de versos brancos, muito usados particularmente na poesia modernista (Jornal Diário do Amapá).

segunda-feira, 12 de março de 2018

VANDALISMO NA ESCOLA!

Texto reproduzido na nossa página no Facebook no dia 11/03/2018.






𝐍𝐨𝐯𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐄𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐮𝐚𝐥 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐍𝐚𝐛𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐥𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝐯𝐚𝐧𝐝𝐚𝐥𝐢𝐬𝐦𝐨.
No ano passado isso aconteceu, fiz uma postagem aqui. E de novo voltaram a fazer, pelos símbolos deve ser a mesma pessoa ou o mesmo grupo. Quero aproveitar e deixar um recado para essa galerinha. Pela facilidade das redes sociais estamos todos conectados, e com certeza uma ora ou outra irão ver esta postagem.
Jovens saem dessas rimas manos. Existem outras maneiras de se chamar atenção, sem colocar suas vidas em risco e sem depredar o patrimônio público. Quer chamar a atenção? Vá ajudar o teu próximo, se envolva com ações sociais ou causas solidárias. Isso sim é grandioso.
𝐒𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐦 𝐟𝐨𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐢𝐬𝐬𝐨? Não, não são. Cresci no meio de uma verdadeira juventude violenta no Oiapoque, muitos dessa nova geração nunca ouviram falar da antiga rivalidade entre as gangues no Oiapoque, onde jovens ceifavam a vida dos próprios jovens. Anjos da Praça, Demônios do Morro... ..., Fabrício, Maranhense... Eu fazia parte de um grupo que tinha passe livre em qualquer bairro sem nenhuma treta, nunca fui impedido de andar em qualquer bairro que fosse no Oiapoque, porque definimos bem nosso território, não comprávamos briga de ninguém e tão pouco nos envolvíamos em vandalismo. Nossa onda era destruir calçadas mandando os slides. A única coisa que feriamos era a nós mesmo tentando nos superar no skate.
Mas quantas vezes não vi meus amigos de gangues rivais se pegando na porrada e algumas vezes se matando? Mas não nos envolvíamos, nossa onda era só andar de skate. Sabíamos que o dia que tomasse partido a história iria mudar pro nosso lado. Nunca irei esquecer muitas coisas, mas principalmente quando um amigo (M. A) que estudou comigo no ensino médio matou meu outro amigo (Negão). Ambos de gangues rivais. Fui testemunha de tudo, uma confusão ao meu lado dentro da antiga Boate Império seguida de morte na frente da boate. Tudo muito rápido, hoje o M. A. está foragido há muitos anos, mas nas penúltimas férias no Oiapoque vi o M. A. na praça da cidade fazendo uma ligação. Deveria ter se refugiado na Guiana e voltado para o Brasil, porém depois daquele dia nunca mais o vi. Deve estar se escondendo. Ambos meus amigos, mas aquela noite foi uma treta que nunca irei esquecer. E não tenho mágoa do M. A. muito pelo contrário, espero que ele tenha encontrado um bom caminho.
Certa noite, em mais um dia normal de brigas entre as gangues na praça, os caras sendo perseguidos correram pra cima de nós na quadra de futsal, quando entendermos a situação a bala já estava comendo na nossa direção, 38, espingarda de cano serrado e o chumbo se espalhando naquela quadra, ninguém morreu, agora imagina o quanto todos, inclusive nós, na adrenalina não corremos desesperadamente para não morrer à toa. E histórias, histórias... E não vou nem citar a questão das drogas (tão comum na vida dos adolescentes já naquela época).
𝐌𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐦 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐞𝐯𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨𝐬 𝐜𝐚𝐫𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐞𝐬𝐬𝐞𝐬 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨𝐬...
Bom irei compartilhar o seguinte, três jovens que só pensavam em andar de skate, num Oiapoque já totalmente jogado ao abandono, decidiram se organizar, pegar o skate e ir para a Guiana Francesa de skate, se preparam, fizeram um planejamento e partiram para a estrada, que seria a nossa Br no Brasil, saíram umas 10h e chegaram por volta das 18h, pegaram umas duas caronas que adiantaram a viagem, e isso sem Franco (o dinheiro francês da época), sem falar francês, com o risco de serem pegos na estrada, e com os perigos comuns de um país estrangeiro qualquer. Poupando os detalhes, passaram uns dias dormindo no chão do skate park até encontrarem, com a ajuda do skatistas sempre solidário em qualquer época e lugar, a casa dos familiares. Depois de um tempo voltaram para o Oiapoque. O mais novo tinha apenas 14 anos, e os mais velhos nem maiores de idade eram.
𝐕𝐨𝐜ê𝐬 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐦 𝐟𝐨𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐫𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐛𝐨𝐛𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐧𝐮𝐦𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐡𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚𝐬, 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐚𝐫𝐜𝐨𝐮 𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭o𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐮𝐝𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬? 𝐍ã𝐨. 𝐃𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐚𝐬 as 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚s 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚𝐫, 𝐍Ã𝐎.
Mas façam um favor a vocês e também ao corpo docente e discente do Nabuco, nos poupam dessas vaidades, porque se a maturidade acompanhar o seu crescimento, no futuro vocês vão se arrepender de 99,99% de todos os atos inconsequentes que tiverem até então. Nos mais é isso.

Dia do evento 10/03/2018.