quinta-feira, 15 de março de 2018

UM POVO GUERREIRO!


O povo do Oiapoque é o amapaense mais guerreiro que tenho conhecimento.

Analise a nossa situação.

Uma BR que todo ano é a mesma ladainha, atoleiros em tempo de chuva e poeira em tempo de sol.

Quase 10 anos sem a nossa principal praça.

A Orla da cidade um projeto horrível que nunca foi finalizada.

Um dia desse o muro de arrimo foi pro chão.

Um dia desse o nosso mercado municipal pegou fogo.

O nosso Banco foi assaltado paralisando os serviços.

Não muito distante, reclamações dos servidores devido os salários atrasados.

Agora tenho conhecimento que interditaram a rodoviária na sua área de embarque/desembarque, deslocando os serviços para frente da rodoviária, devido o risco de desabamento da cobertura, ou seja, do teto.


Fotos: Adolfo Silva

Não podemos esquecer, que tudo isso com a cidade possuindo um elevado custo de vida, que se você não tiver dinheiro o suficiente, sofre o risco de passar fome no final mês.

Ah não vamos esquecer também das cobranças de luz da CEA, que até o começo desse ano, deixou muito gente no escuro ou sem “comer”.

Mas detalhe, eu morando a três dias de distância do nosso município consegui fazer essa pequena lista. Agora chame um morador da cidade e peça para continuar, não tenho dúvida de que essa lista ficará ainda maior.

Depois de tudo isso se você não se convencer, de que se está vivo até agora, de uma ou outra, você é um grande guerreiro (a) ou que grandes guerreiros (as) lutam por você. É quase um milagre todo mês ainda se está de pé, físico ou psicologicamente.

Nós somos grandes, se nessas dificuldades aproveitarmos para unidos fazermos a diferença, e colocando nossas particularidades que não somam de lado, não tenho dúvida de que temos os ingredientes mais do que no ponto, para usarmos a nosso favor e partir para uma luta de mudanças.

Os oiapoquenses necessitam ser estratégicos, e não permitir que essa velha maneira de pensar (dividir para conquistar), seja em qualquer área, continue reinando sobre este município. Senão nunca sairemos deste estado que a cidade se encontra, iludido com falsas expectativas, enquanto tudo desmorona ao nosso redor.

Chega de querer tampar roupa velha com remendo de pano novo.

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