O povo do Oiapoque é o
amapaense mais guerreiro que tenho conhecimento.
Analise a nossa situação.
Uma BR que todo ano é a mesma
ladainha, atoleiros em tempo de chuva e poeira em tempo de sol.
Quase 10 anos sem a nossa principal
praça.
A Orla da cidade um projeto horrível
que nunca foi finalizada.
Um dia desse o muro de arrimo foi
pro chão.
Um dia desse o nosso mercado
municipal pegou fogo.
O nosso Banco foi assaltado paralisando
os serviços.
Não muito distante, reclamações
dos servidores devido os salários atrasados.
Agora tenho conhecimento que
interditaram a rodoviária na sua área de embarque/desembarque, deslocando os serviços
para frente da rodoviária, devido o risco de desabamento da cobertura, ou seja,
do teto.
Fotos: Adolfo Silva |
Não podemos esquecer, que tudo
isso com a cidade possuindo um elevado custo de vida, que se você não tiver
dinheiro o suficiente, sofre o risco de passar fome no final mês.
Ah não vamos esquecer também das cobranças
de luz da CEA, que até o começo desse ano, deixou muito gente no escuro ou sem “comer”.
Mas detalhe, eu morando a três
dias de distância do nosso município consegui fazer essa pequena lista. Agora
chame um morador da cidade e peça para continuar, não tenho dúvida de que essa
lista ficará ainda maior.
Depois de tudo isso se você não
se convencer, de que se está vivo até agora, de uma ou outra, você é um grande
guerreiro (a) ou que grandes guerreiros (as) lutam por você. É quase um milagre
todo mês ainda se está de pé, físico ou psicologicamente.
Nós somos grandes, se nessas
dificuldades aproveitarmos para unidos fazermos a diferença, e colocando nossas
particularidades que não somam de lado, não tenho dúvida de que temos os
ingredientes mais do que no ponto, para usarmos a nosso favor e partir para uma
luta de mudanças.
Os oiapoquenses necessitam ser
estratégicos, e não permitir que essa velha maneira de pensar (dividir para conquistar),
seja em qualquer área, continue reinando sobre este município. Senão nunca
sairemos deste estado que a cidade se encontra, iludido com falsas expectativas,
enquanto tudo desmorona ao nosso redor.
Chega de querer tampar roupa
velha com remendo de pano novo.
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