Alguns sacrifícios são imaculados.
Porém as minhas vestes estão sujas.
E não há mais tempo a perder.
Alguém toca a Canção.
Pensas que eu queria ouvir?
Nunca se quer imaginei ir tão longe.
E a música insiste em tocar alto, alto e mais alto.
Essa melodia faz meu o corpo estremecer.
Essa ressonância dilata o meu coração.
Enquanto essa crise me consome, outros surgem ao me lado.
Olhando para a mesma direção. Uns começam a caminhar.
E aos poucos a multidão que vai, se torna como as estrelas no
céu.
O que os aguarda do outro lado? O que poderei encontrar?
A escuridão me assombra. O mistério me assombra.
Mas não ir, não é uma escolha fácil também de engolir.
E quando o amanhã chega novamente, no abri dos olhos lá
está.
Tocando; eles, chegando e seguindo em frente.
Por que nada é fácil para mim? Por que me importo?
Eu tenho um dono? Não pertenço a minha vontade?
A escuridão, as vestes não me absolve?
Queres a mim de qualquer maneira?
Então saiba que irei, e indo para um matadouro nada direi.
Mas nas minhas mãos estará o coração e a espada.
Entre os últimos vou estar, e quando encontrar o que
tiver de encontrar.
Não ousarei em erguer a cabeça e olhar nos olhos.
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