segunda-feira, 12 de março de 2018

VANDALISMO NA ESCOLA!

Texto reproduzido na nossa página no Facebook no dia 11/03/2018.






𝐍𝐨𝐯𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐚 𝐄𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐮𝐚𝐥 𝐉𝐨𝐚𝐪𝐮𝐢𝐦 𝐍𝐚𝐛𝐮𝐜𝐨 𝐬𝐞𝐧𝐝𝐨 𝐚𝐥𝐯𝐨 𝐝𝐞 𝐯𝐚𝐧𝐝𝐚𝐥𝐢𝐬𝐦𝐨.
No ano passado isso aconteceu, fiz uma postagem aqui. E de novo voltaram a fazer, pelos símbolos deve ser a mesma pessoa ou o mesmo grupo. Quero aproveitar e deixar um recado para essa galerinha. Pela facilidade das redes sociais estamos todos conectados, e com certeza uma ora ou outra irão ver esta postagem.
Jovens saem dessas rimas manos. Existem outras maneiras de se chamar atenção, sem colocar suas vidas em risco e sem depredar o patrimônio público. Quer chamar a atenção? Vá ajudar o teu próximo, se envolva com ações sociais ou causas solidárias. Isso sim é grandioso.
𝐒𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐦 𝐟𝐨𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐢𝐬𝐬𝐨? Não, não são. Cresci no meio de uma verdadeira juventude violenta no Oiapoque, muitos dessa nova geração nunca ouviram falar da antiga rivalidade entre as gangues no Oiapoque, onde jovens ceifavam a vida dos próprios jovens. Anjos da Praça, Demônios do Morro... ..., Fabrício, Maranhense... Eu fazia parte de um grupo que tinha passe livre em qualquer bairro sem nenhuma treta, nunca fui impedido de andar em qualquer bairro que fosse no Oiapoque, porque definimos bem nosso território, não comprávamos briga de ninguém e tão pouco nos envolvíamos em vandalismo. Nossa onda era destruir calçadas mandando os slides. A única coisa que feriamos era a nós mesmo tentando nos superar no skate.
Mas quantas vezes não vi meus amigos de gangues rivais se pegando na porrada e algumas vezes se matando? Mas não nos envolvíamos, nossa onda era só andar de skate. Sabíamos que o dia que tomasse partido a história iria mudar pro nosso lado. Nunca irei esquecer muitas coisas, mas principalmente quando um amigo (M. A) que estudou comigo no ensino médio matou meu outro amigo (Negão). Ambos de gangues rivais. Fui testemunha de tudo, uma confusão ao meu lado dentro da antiga Boate Império seguida de morte na frente da boate. Tudo muito rápido, hoje o M. A. está foragido há muitos anos, mas nas penúltimas férias no Oiapoque vi o M. A. na praça da cidade fazendo uma ligação. Deveria ter se refugiado na Guiana e voltado para o Brasil, porém depois daquele dia nunca mais o vi. Deve estar se escondendo. Ambos meus amigos, mas aquela noite foi uma treta que nunca irei esquecer. E não tenho mágoa do M. A. muito pelo contrário, espero que ele tenha encontrado um bom caminho.
Certa noite, em mais um dia normal de brigas entre as gangues na praça, os caras sendo perseguidos correram pra cima de nós na quadra de futsal, quando entendermos a situação a bala já estava comendo na nossa direção, 38, espingarda de cano serrado e o chumbo se espalhando naquela quadra, ninguém morreu, agora imagina o quanto todos, inclusive nós, na adrenalina não corremos desesperadamente para não morrer à toa. E histórias, histórias... E não vou nem citar a questão das drogas (tão comum na vida dos adolescentes já naquela época).
𝐌𝐚𝐬 𝐦𝐞𝐬𝐦𝐨 𝐚𝐬𝐬𝐢𝐦 𝐚𝐢𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐞𝐯𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐭𝐚𝐫 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐨𝐬 𝐜𝐚𝐫𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐞𝐬𝐬𝐞𝐬 𝐟𝐞𝐢𝐭𝐨𝐬...
Bom irei compartilhar o seguinte, três jovens que só pensavam em andar de skate, num Oiapoque já totalmente jogado ao abandono, decidiram se organizar, pegar o skate e ir para a Guiana Francesa de skate, se preparam, fizeram um planejamento e partiram para a estrada, que seria a nossa Br no Brasil, saíram umas 10h e chegaram por volta das 18h, pegaram umas duas caronas que adiantaram a viagem, e isso sem Franco (o dinheiro francês da época), sem falar francês, com o risco de serem pegos na estrada, e com os perigos comuns de um país estrangeiro qualquer. Poupando os detalhes, passaram uns dias dormindo no chão do skate park até encontrarem, com a ajuda do skatistas sempre solidário em qualquer época e lugar, a casa dos familiares. Depois de um tempo voltaram para o Oiapoque. O mais novo tinha apenas 14 anos, e os mais velhos nem maiores de idade eram.
𝐕𝐨𝐜ê𝐬 𝐬𝐞 𝐚𝐜𝐡𝐚𝐦 𝐟𝐨𝐝𝐚𝐬 𝐩𝐨𝐫 𝐟𝐚𝐳𝐞𝐫𝐞𝐦 𝐞𝐬𝐬𝐚𝐬 𝐛𝐨𝐛𝐚𝐠𝐞𝐧𝐬 𝐧𝐮𝐦𝐚 𝐞𝐬𝐜𝐨𝐥𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭𝐚𝐬 𝐡𝐢𝐬𝐭ó𝐫𝐢𝐚𝐬, 𝐪𝐮𝐞 𝐦𝐚𝐫𝐜𝐨𝐮 𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐞 𝐦𝐮𝐢𝐭o𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐮𝐝𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬? 𝐍ã𝐨. 𝐃𝐞 𝐭𝐨𝐝𝐚𝐬 as 𝐦𝐚𝐧𝐞𝐢𝐫𝐚s 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐩𝐨𝐬𝐬𝐚 𝐢𝐦𝐚𝐠𝐢𝐧𝐚𝐫, 𝐍Ã𝐎.
Mas façam um favor a vocês e também ao corpo docente e discente do Nabuco, nos poupam dessas vaidades, porque se a maturidade acompanhar o seu crescimento, no futuro vocês vão se arrepender de 99,99% de todos os atos inconsequentes que tiverem até então. Nos mais é isso.

Dia do evento 10/03/2018.

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