Eu
estou na Avenida Karipunas próximo a famigerada feira da fumaça. É um dia
ensolarado qualquer, após as estações chuvosas do primeiro semestre do ano.
Estou no meu habitat natural, enfrente a casa dos meus pais.
Tudo
parecia normal, até que num determinado momento, fui surpreendido por um
acontecimento nunca visto antes. Infestando o nosso céu, vejo vários objetos
voadores caindo sobre as nossas cabeças. Aviões de todos os tamanhos e
formatos, helicópteros, algumas aeronaves espaciais e satélites, vejo também
alguns objetos que não consigo identificar, me parecendo ser alguns daqueles
primeiros projetos espaciais da NASA.
E um
detalhe chamou atenção, a forma como eles caiam e a direção. Caiam em diagonal,
na direção do rio Oiapoque, alguns caiam nas montanhas do território guianense.
Uns rodopiando, outros enfumaçados. Vi um satélite enorme, e um avião também,
pois estava bem próximo de colidirem. Vi um helicóptero que parecia ser
militar, caindo como se tivesse sido abatido. Quando percebo que mais iam
surgindo, viro de costas para o rio olhando para o alto, e mais deles vinham
caindo. Sem reação alguma só consigo contemplar aquilo.
Mas
não se engane, pois a visão não era de guerra, de conflitos no céu. Não havia
desespero ou gritaria. Não verdade eu não conseguia ouvir nada. Não era um
cenário de horror. Talvez tenha ficado tão impactado pelo que via, que a minha
audição diminuiu para que a minha visão ficasse mais aguçada, e ver com
exatidão o que tinha que ser visto... O despertador do celular toca e me
acorda. Todo ensopado levanto da cama, dou um tempo para que o resto do corpo
acorde para acompanhar o cérebro. E nisso fico tentando processar e assimilar
novas informações do mesmo sonho tido pela centésima vez.
Nenhum comentário:
Postar um comentário