domingo, 13 de outubro de 2019

SOBRE NOSSAS CABEÇAS


Eu estou na Avenida Karipunas próximo a famigerada feira da fumaça. É um dia ensolarado qualquer, após as estações chuvosas do primeiro semestre do ano. Estou no meu habitat natural, enfrente a casa dos meus pais.


Tudo parecia normal, até que num determinado momento, fui surpreendido por um acontecimento nunca visto antes. Infestando o nosso céu, vejo vários objetos voadores caindo sobre as nossas cabeças. Aviões de todos os tamanhos e formatos, helicópteros, algumas aeronaves espaciais e satélites, vejo também alguns objetos que não consigo identificar, me parecendo ser alguns daqueles primeiros projetos espaciais da NASA.


E um detalhe chamou atenção, a forma como eles caiam e a direção. Caiam em diagonal, na direção do rio Oiapoque, alguns caiam nas montanhas do território guianense. Uns rodopiando, outros enfumaçados. Vi um satélite enorme, e um avião também, pois estava bem próximo de colidirem. Vi um helicóptero que parecia ser militar, caindo como se tivesse sido abatido. Quando percebo que mais iam surgindo, viro de costas para o rio olhando para o alto, e mais deles vinham caindo. Sem reação alguma só consigo contemplar aquilo.


Mas não se engane, pois a visão não era de guerra, de conflitos no céu. Não havia desespero ou gritaria. Não verdade eu não conseguia ouvir nada. Não era um cenário de horror. Talvez tenha ficado tão impactado pelo que via, que a minha audição diminuiu para que a minha visão ficasse mais aguçada, e ver com exatidão o que tinha que ser visto... O despertador do celular toca e me acorda. Todo ensopado levanto da cama, dou um tempo para que o resto do corpo acorde para acompanhar o cérebro. E nisso fico tentando processar e assimilar novas informações do mesmo sonho tido pela centésima vez.

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